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A ILUSÃO DA TERCEIRIZAÇÃO

  • custoseganhosconsu
  • 31 de jul. de 2019
  • 2 min de leitura

Atualizado: 9 de fev. de 2022

A proposta da terceirização do serviço de industrialização pode parecer bastante atraente a princípio. Porém, na terceirização você entra só com a mão de obra e maquinário, vendendo sua habilidade no trabalho. E o fato de não ter que empatar capital na compra das matérias primas é um tremendo alívio para o investidor empreendedor. Porém, a longo prazo é uma armadilha.


Primeiro porque você não controla a vida do seu cliente. O relacionamento entre sócios e o relacionamento entre seus cônjuges, é um fator que está fora do domínio de seu fornecedor. E relacionamentos mudam com o tempo. Ou evolui para melhor, em um caminho cada vez mais sólido e com confiança, ou o relacionamento degrada, pouco a pouco e lento ou de forma abrupta, como ocorre no caso de uma traição, por exemplo. Porém, quando se perde a confiança a sociedade entra em declínio. E quando isso acontece, o fornecedor que depender dela é quem vai arcar com as consequências.


A terceirização começa como um namoro atraente. No começo ambos se respeitam, tanto o fornecedor como o cliente. Prometem coisas que não se cumprirão no longo prazo. Mostram somente a parte boa, até fechar contrato e começar a trabalhar. No começo vai bem, o fornecedor recebe o material, executa o trabalho e recebe o pagamento prometido.


Com o passar do tempo ele cria uma dependência desse fluxo de caixa. O cliente percebe isso e como ele é o detentor do poder, começa a exigir, pouco a pouco, que se faça um pouco mais pelo mesmo valor. De forma que o fornecedor não hesita, afinal o relacionamento entre eles é bom.


Com o tempo esta pequena fissura na parede do relacionamento começa a piorar, o fornecedor começa a temer pelo pior e o medo da interrupção do fluxo de caixa começa a comandar suas decisões. Dessa forma, ele cai na armadilha do predador. Há muitas empresas terceirizadas, formais e informais, que arrastam um relacionamento quase no sistema de escravatura.


A terceirização mata sua marca. Além de você só trabalhar para os outros, o consumidor final não sabe quem é você. Se trabalhar dez anos na terceirizada, provavelmente perderá folego para desafiar na conquista da marca própria. Portanto no início do empreendimento pode até começar trabalhando para outro. Mas deve-se ter uma meta de prazo para conquistar a liberdade, de forma que conquiste passo a passo os próprios clientes.


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