ACOMODAÇÃO DO “TOPO” É VENENO PARA A ORGANIZAÇÃO.

O que será que faz uma empresa onerar tanto os gastos com os colaboradores? Um dos graves problemas para os empregadores foi o aumento do salário bem acima dos preços nos últimos 15 anos. Isso criou uma distorção brutal na relação preço x salário e o peso da folha ficou onerosa demais, mesmo com a pequena aliviada que deu em 2018.

Por isso, é necessário que decisões importantes sejam tomadas nas empresas, como por exemplo o corte no topo da pirâmide. Estabelecer uma meta anual para cortar pouco a pouco o maior salário da empresa, alguém que trabalhe há mais de 30 anos, que acumulou reajustes anteriores ao plano real e que já não apresenta tanta produtividade. Embora essas pessoas sejam as que tenham maior ônus rescisório, é uma medida necessária.

Mas, por que cortar o topo? Quando se corta o topo, ocorre um movimento de baixo para cima, o espaço vago tende a ser preenchido pela metade do valor (salário) e o dobro da produtividade. Porém, como essa talvez seja uma das coisas mais difícil de fazer, afinal, olhar pessoalmente nos olhos de quem trabalha junto há tantos anos e ter que confessar que finalmente chegou o dia em que é preciso conversar sobre o salário, a produtividade, a lealdade, a confiança e a permanência não é fácil, mas é o melhor caminho e deve ser realizado com o cuidado que merece, e não tudo de uma vez.

Ninguém poderia ganhar mais do que produz e cabe ao dono da empresa corrigir estas distorções antes que vire um problema. A empresa deve ser um palco de aprendizado, onde as pessoas têm liberdade e responsabilidade para dar o seu máximo e vibrar com alegria o dia todo. Isso porque uma empresa que favorece o ambiente para os colaboradores, de forma que possam trabalhar com prazer, tende a ter uma produtividade e lucro anual maiores!

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