AINDA BEM QUE TINHA UMA POUPANÇA

Diariamente, estamos acompanhando informações sobre a pandemia causada pelo Coronavírus e seus desdobramentos. E, um drama, cada vez mais comum, são as pessoas que estão ficando sem fonte de renda devido ao isolamento social e, consequentemente, não tem o que comer porque estão sem trabalhar.

A cada dia aumenta o número de pessoas nessa condição. Pessoas que vivem absolutamente sem nenhuma poupança, semelhante a aquela passagem na Bíblia que diz: “contemplai as aves do céu, que não semeiam, nem ceifam, nem armazenam em celeiros; contudo o vosso Pai Celestial as sustenta”. (Mateus 6, 26). São os casos dos trabalhadores informais, autônomos, de baixa renda que “sobrevivem” na informalidade e que são mais afetados neste momento.

Um exemplo são as pessoas que vendem café da manhã perto do ponto de ônibus, na rua ou na praça. Sem o movimento de pessoas, ficaram sem clientes. Assim como os ambulantes ou os meninos que pedem moedas nos semáforos, com a diminuição do número de carros nas ruas seus ganhos foram quase a zero.

Diferente de quem tinha poupança que, mesmo que pouca, está respirando aliviado neste momento, pois sabe que conseguirá suprir as necessidades básicas nos próximos três ou quatro meses até que a situação comece a voltar gradativamente a normalidade.

Momentos como esse que estamos vivendo faz com que as pessoas repensem sobre a importância de ter uma reserva financeira. Porém, a grande questão para a maioria dessas pessoas não é ter uma poupança, mas sim como ter. Como guardar se não sobra nada?

A grande questão é que a grande maioria dessas pessoas têm dinheiro, mas utilizam da forma errada. Compram cigarro, doces, bebida, trocam de celular com frequência, compram aquele tênis do momento, etc. Por isso, tudo é questão de prioridade.

E a resposta está na educação financeira: “roube a si mesmo”! Pegue uma moeda de um real, guarde em um local, como uma latinha, esconde e faça de conta que foi roubado. Faça isso todos os dias até juntar uma quantia boa para depositar em uma conta poupança. Da mesma forma, “esqueça” essa conta e nunca mexa nela, utilize-a apenas para realizar os depósitos. Para muitas pessoas, é melhor nem ficar sabendo do saldo, para não cair na tentação de querer gastar.

A prova disso é que até um mendigo que junta moedas na rua, por exemplo, pode ter uma poupança com um mínimo de esforço. Na verdade há mendigo que se tornou profissional depois que aprendeu a juntar dinheiro e continua na profissão, porque lá ele consegue ganhar mais do que em um trabalho sem qualificação. O que reafirma que não importa o que você faz, quanto ganha ou a condição que se encontra, qualquer um pode ter uma poupança. Assim, em momentos de aperto, que nunca se sabe quando chegará, será de grande ajuda.

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