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CALOTE: PORQUE UM LEVA E OUTRO NÃO?

  • custoseganhosconsu
  • 13 de mar. de 2019
  • 3 min de leitura

Atualizado: 7 de fev. de 2022

Nada é tão prejudicial para um negócio do que não receber pelo o que vendeu. O calote é um prejuízo imensurável, pois o esforço para produzir e o dinheiro gasto em insumos não dão retorno.

Ao se falar em calote, muitas questões são levantadas, como por exemplo o por que que algumas pessoas levam calote enquanto outras não? Qual a diferença entre essas pessoas, é sorte ou capacidade para enxergar o risco? Se sorte, até certo ponto, tem relação com pontualidade no pagamento, o azar então recai várias vezes sobre a mesma pessoa? Porque quem leva calote uma vez tem a tendência em cair na mesma armadilha outras vezes? Afinal, pela teoria da probabilidade, a frequência da sorte ou do azar deveria ser equilibrada.


De forma resumida, a resposta é que, se a ocorrência dos fatores negativos recai frequentemente para uma pessoa, já não é questão de sorte ou azar, e sim de estar atraindo ou repelindo estes fatos ruins.


Segundo o princípio da atração, é bastante provável que a pessoa esteja atraindo compradores com má conduta de pagamento. Isso porque o golpista, aquele estranho que se aproxima, normalmente apresenta alguns sinais, como: conversa boa, mostra vantagem em tudo, oferece facilidade, algo melhor do que os outros. Tudo isso chama atenção do vendedor, que por estar com desejo de conseguir o melhor para seu produto, acaba nem percebendo.


Dito isso, o que leva uma pessoa a cair na conversa de um golpista? O principal problema está na alma do vendedor, que por estar preocupado em ganhar mais, fica cego diante da proposta tentadora do golpista. E embora a voz interior alerte para o perigo, a vontade de ganhar dinheiro fala mais alto, de forma a ignorar o aviso e realizar a venda.


Um golpista, por ser astuto, sabe ler o anseio do coração do vendedor, que morre de medo de não receber. Então a primeira compra ele paga pontualmente e faz com que o vendedor fique eufórico e esqueça por completo a intuição de perigo. Assim, como a segunda e terceira venda ocorrem normalmente, os temores se transformam em confiança e admiração ao golpista. E é justamente nessa hora que o golpista realiza a quarta compra, com um valor bem superior.


Se o vendedor tivesse mantido a serenidade no coração, ao invés de euforia, teria percebido o momento fatídico do golpe fatal do golpista. Afinal, as quantidades bem superiores, os preços irrecusáveis e uma estranha condição de entrega, são sinais mais do que claro da indicação de algo errado, mas o vendedor levado pela confiança das três vendas anteriores e pelo pensamento de que dessa vez o ganho será bom, acaba caindo na armadilha.


No dia seguinte o golpista desaparece, mas como o prazo para pagamento ainda está correndo, o inocente vendedor não percebe que o comprador golpista já está longe e que o prejuízo é grande, o que ocasionara choros e ranger de dentes.


Por isso, um negócio seguro é aquele que é realizado com pessoas conhecidas, de relacionamento de longa data, em que o relacionamento é construído junto, superando fases de altos e baixos. Um negócio seguro normalmente paga menos, acontece devagar e quando é realizado, o coração está em harmonia e serenidade, indicando o caminho seguro. Um bom negócio, ganha quando todos ganham, e quando perde, todos perdem sofrendo a fase ruim. O que atrai o perigo é aquele sentimento de querer ganhar sozinho quando todos os outros estão sofrendo. Portanto o calote é antes de mais nada o resultado do modo de pensar do vendedor.


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