top of page

COMO O PRAZO DE RECEBIMENTO DESCASADO COM O PRAZO DE PAGAMENTO IMPACTA O SEU FLUXO DE CAIXA.

  • custoseganhosconsu
  • 8 de out. de 2024
  • 3 min de leitura

Você vive com um fluxo de caixa que teima em não fechar? Toda semana falta dinheiro? No dia do pagamento da folha, é sempre uma correria? Você pode estar operando com prazos de recebimento descasado em relação ao prazo de pagamento. O seu prazo médio para receber dos clientes, pode estar maior do que o prazo para pagar seus fornecedores.


Por exemplo, você pode estar vendendo com um prazo médio de 60 dias e comprando com um prazo médio de 50 dias. Essa diferença de 10 dias pode parecer pequena, mas significa que, em média, a saída de dinheiro para pagamentos ocorre 10 dias antes da entrada do dinheiro do faturamento na tesouraria. O que fazer nesses 10 dias?


É isso que gera o corre-corre, a sensação constante de que o dinheiro está sempre faltando. Na verdade, trata-se apenas do descasamento dos prazos. Tanto é que, após administrar o fluxo de caixa e fazer as manobras necessárias, você sempre chega ao final do mês com todos os pagamentos realizados.


Em uma empresa que opera com prazos de pagamento descasados, um aumento nas vendas pode piorar o fluxo de caixa. Embora o aumento nas vendas seja motivo de alegria, o departamento financeiro enfrenta dificuldades. Por quê? Porque, ao aumentar o volume de vendas, aumenta também o volume de compras para atender a demanda. Isso eleva tanto as entradas quanto as saídas, mas com prazos desalinhados. Assim, se há uma necessidade maior de pagamento antes da entrada da receita, a falta de dinheiro se torna mais evidente, mesmo que a defasagem em dias permaneça a mesma. Afinal, no momento do pagamento, o que conta é o valor nominal, não a proporção.


Como você resolve o aperto gerado pelo descasamento de prazos? Quando você precisa de dinheiro hoje, mas a entrada só ocorre daqui a alguns dias, você liga para alguns fornecedores parceiros e pede uma prorrogação no vencimento? Ou opta pela antecipação dos recebíveis das faturas? Ou, ainda, deixa atrasar o pagamento de alguns títulos até que o dinheiro entre?


Se você pede prorrogação dos títulos, acabará arcando com juros. Se optar pela antecipação dos recebíveis, também pagará juros. E se atrasar os títulos, novamente enfrentará encargos. Assim, você acaba escolhendo a alternativa com o menor custo. Dentre as três opções mencionadas, parece que a antecipação dos recebíveis é a menos prejudicial, pois pedir prorrogação a fornecedores pode sinalizar fraqueza, gerando insegurança nas futuras compras. A alternativa de atrasar pagamentos é ainda pior, sob o ponto de vista da credibilidade no mercado.


O importante é ter consciência do número exato, ou pelo menos o mais aproximado possível, do prazo médio de pagamento e do prazo médio de recebimento. Lembrando que, no prazo médio de pagamento, precisa considerar também, os pagamentos dos salários, impostos e demais despesas.

É fundamental focar no objetivo de equilibrar essas posições, ou seja, trazer o prazo médio de pagamento para um patamar ligeiramente maior do que o prazo médio de recebimento. Para isso, converse com os fornecedores para conseguir mais dias para pagar e, ao mesmo tempo, dialogue com os clientes para reduzir os dias de recebimento.


De qualquer forma, se a empresa tem superávit operacional, é apenas uma questão de tempo até acumular reservas que cubram essa defasagem no fluxo de caixa. Se o seu descasamento de prazos é de 10 dias, quando suas reservas alcançarem 10 dias ou mais, você estará em um patamar de voo de cruzeiro.


Em uma empresa no início de suas atividades, nos primeiros anos é normal ter que administrar a correria do fluxo de caixa até alcançar a estabilidade. No entanto, uma empresa com mais de 10 anos não pode estar enfrentando problemas no fluxo de caixa devido ao descasamento de prazos. Nesse caso, o problema provavelmente é outro, indicando que, ao longo de uma década, a empresa não acumulou reservas. Isso sugere que ela vem operando muito próximo do limite da faixa de prejuízo.


Nossa recomendação é que o empreendedor conheça sua real movimentação de dinheiro: a origem das receitas, como o dinheiro está entrando na tesouraria e, o mais importante, o destino das despesas, ou seja, para quem o dinheiro está saindo. Por isso, é fundamental ter uma Demonstração de Resultado Gerencial.



Veja também no you tube:

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page