DEMONSTRATIVO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO, O DRE.
- custoseganhosconsu
- 23 de fev. de 2022
- 2 min de leitura
Outro dia um empresário me perguntou o que deveria fazer para sempre ter dinheiro disponível no caixa. Respondi que possivelmente ainda falta dominar a cultura do demonstrativo de resultado do exercício, o DRE.
Antes de qualquer coisa, é importante saber que esse DRE não é aquele DRE que o escritório de contabilidade entrega para o governo, e sim o demonstrativo gerencial que é ótimo para o empresário administrar seu negócio”.
Esse DRE consiste, em primeiro lugar, no faturamento que todas as empresas possuem. Ou seja, saber o quanto a empresa está gerando de volume mensal, lembrando de descontar as devoluções. Depois, em segundo lugar, vem o valor dos impostos de cada mês. E, em terceiro lugar o valor das compras de matérias primas de cada mês, descontada as devoluções. As notas emitidas pelo fornecedor que ainda estão para chegar, devem ficar fora do valor da compra.
Assim, com estes três dados, é possível calcular o lucro bruto de suas operações e identificar o quanto está ganhando com a operação de comprar, produzir e vender. Este seria o primeiro indicador de atividade da empresa, monitorado mês a mês, um ao lado do outro, no método permanente. Contudo, ainda é possível monitorar, além do valor nominal, o valor proporcional em porcentagem do faturamento, quantos por centos o imposto está pesando em relação a faturamento ou quanto a compra está representando mês a mês.
O grande segredo é compartilhar a análise destes indicadores com pessoas que cuidam da compra, da produção e da venda para que eles saibam quais atitudes afetam o resultado da empresa.
O quarto passo está relacionado as despesas variáveis de venda como a comissão, frete, verba de propaganda cooperada e a porcentagem para perda por inadimplência. Assim é possível calcular a margem de contribuição.
No quinto passo, irá identificar os custos fixos, que serão pagos com a margem de contribuição. O que sobrar será o resultado operacional, que indica o quão saudável está a operação, e deverá pagar os gastos não operacionais como juros e dividendos. O que sobrar deve ficar disponível para amortizações, que mede o quanto a empresa consegue devolver as dívidas do passado, seja os empréstimos com bancos ou impostos atrasados com o governo. Se as amortizações forem maiores que o disponível, a empresa poderá estar enfrentando a síndrome do caixa negativo.
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