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DUAS VIDAS DOIS DESTINOS

  • custoseganhosconsu
  • 5 de fev. de 2019
  • 2 min de leitura

Atualizado: 7 de fev. de 2022

Imagine duas pessoas que trabalham na mesma função e recebem salários iguais. Trinta anos depois os dois continuam ganhando salários iguais. Porém, o primeiro está bem de vida, conquistou casa própria, formou família, os filhos estão estudando nas melhores escolas, tem reservas e leva uma vida com harmonia e tranquilidade. Enquanto o segundo vive endividado, mora de aluguel, ainda não conseguiu comprar moradia, o carro está financiado a prestação, os filhos mudaram de escola várias vezes, a família vive brigando e não possuem poupança.


Por que isto aconteceu se os dois sempre receberam o mesmo salário? Simples, porque a diferença do patrimônio acumulado, ao longo dos anos, não foi definida pelo dinheiro que cada um ganhou, mas sim nas despesas. Ou seja, está na maneira como cada um decidiu utilizar o dinheiro, no estilo de vida, no modo de pensar sobre as coisas básicas da vida, no que come, o que veste, onde mora, etc.


O primeiro tem consciência dos seus gastos e procura manter responsabilidade em cada coisa que decide comprar. Por isso, antes de comprar qualquer coisa pergunta a si mesmo se é uma necessidade ou se a compra é motivada pelo ego ou vaidade. Se não for uma necessidade, deixa para depois e esquece. Além disso, não costuma frequentar shoppings para comprar, pelo contrário, nas horas livres procura ler um bom livro, passear em parques públicos ou fazer algo que irá edificar.


Já o segundo, tem uma personalidade inconstante sobre os gastos e suas decisões variam conforme o seu ânimo. Ou seja, quando está pressionado ou estressado tem a tendência de comprar coisas para relaxar. Pode ser algo para comer, roupas, objeto para casa, entre outras coisas. E nesta atitude de comprar sem critério, acaba comprando além do seu saldo bancário e caindo na armadilha do cartão de crédito. Assim, acaba se tornando uma vítima do sistema de consumo em que se compra o que não precisa com o dinheiro que não se tem.


Isso porque a partir do momento que se passa a ter o hábito de fazer compras para pagar em prestações a pessoa vira um empregado do agente financeiro e passa a ter os juros como uma despesa mensal, como se fosse um aluguel por ter pego um dinheiro emprestado. Embora no começo possa parecer uma atitude inofensiva, por ser poucas parcelas como por exemplo comprar uma roupa para pagar em três prestações, é o início de uma lenta escalada.


Dessa forma, com o passar dos anos o valor da compra vai aumentando e o número de prestações dilatando. Assim, no exemplo ilustrado, ao se passar o período de trinta anos, enquanto o primeiro construiu seu patrimônio pagando o dinheiro do juro para si mesmo, o segundo ajudou a edificar o patrimônio do intermediador financeiro, doando todo o seu dinheiro na forma de prestação mensal para pagar juros. Por isso, mais importante do que o quanto se ganha é como se utiliza e administra o dinheiro.


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