EMBALAGEM É CUSTO DIRETO OU DESPESA VARIÁVEL?

Material de embalagem pode ser classificado como custo direto, custo indireto, despesa variável ou despesa fixa. Por exemplo, uma caixa de papelão utilizada para embalar individualmente o produto acabado será custo direto. Já, uma caixa de papelão utilizada para armazenar ou transportar produtos, será despesa de logística, logo será despesa variável de vendas. E, uma caixa de papelão utilizada para organizar documentos no escritório será despesa fixa da administração.

Então, como classificar a nota de compra se todas as caixas de papelão vêm junto? Nesses casos, o correto é dar a entrada desta nota no estoque do almoxarifado e contabilizando na medida em que for sendo liberado para o consumo, o que for para linha de produção será custo de produção, o que for para embalagem de armazenamento ou transporte será classificado como despesa variável de venda, e o que for para administração será classificado como despesa fixa da administração.

Nestes casos, o crédito do imposto deve ser estornado. Contudo, se o uso pela administração for frequente, uma boa sugestão é pedir para o fornecedor entregar em notas separadas.

E nas pequenas indústrias, em que a grande maioria ainda não tem a cultura e o hábito de ativar no estoque os itens do almoxarifado, como classificar as notas de compra de embalagens?

Nas pequenas empresas, geralmente, o escritório de contabilidade classifica estas notas de embalagens como gastos gerais de fabricação ou custos indiretos de produção, aproveitando integralmente os créditos tributários.

Porém, para efeito de controle interno, é possível lançar o valor da compra das embalagens na conta matéria prima. Contudo, se o valor for relevante e se houver interesse em controlar a parte, deverá ser criado uma conta chamada “materiais de embalagem”, assim será possível monitorar a evolução dos gastos comparando mensalmente. E, é também nesta conta “materiais de embalagem” que itens como saco plástico, pallets, filme strech, fita transparente, fita gomada, barbante e tudo o que se relacionar a embalagem e movimentação deverá entrar.

Já, os itens do almoxarifado que forem consumidos pela administração podem ser transferidos de custo da produção para a despesa da administração, através de lançamentos de débito e crédito no sistema, e assim, melhorar o controle inteiro.

No começo, mesmo que não consiga seguir à risca essas divisões, já irá contribuir para que a apuração de resultado fique o menos distorcido possível. E, uma vez iniciado o hábito de debitar e creditar contas de um departamento para outro, as pessoas vão se acostumando e melhorando o processo a cada mês, de forma a alcançar uma cultura semelhante a de grandes empresas.

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