EMPRESA LUCRATIVA ENDIVIDADA
- custoseganhosconsu
- 21 de nov. de 2018
- 2 min de leitura
Atualizado: 7 de fev. de 2022
Em tempos de recessão vemos muitas empresas com dificuldade financeira. Isso porque o consumidor, com receio de se endividar, acaba adiando a decisão de compra, o que afeta o movimento do comercio.
Com a redução de pedido a indústria, com produção baixa, precisa ajustar o seu custo, assim acaba dispensando funcionários e engrossando ainda mais a fila dos desempregados. É o círculo vicioso que realimenta a sensação de insegurança que está na base de toda recessão.
Apesar disso, a recessão tem o seu lado positivo, porque em tempos de baixo movimento a criatividade vai as alturas, pois a necessidade de sobrevivência empurra as pessoas a se conhecerem melhor e a entenderem suas dificuldades, vocação e limitações.
Em nosso trabalho de consultoria de custos, nestes tempos de economia desaquecida encontramos o paradoxo da empresa lucrativa endividada. Isso mesmo, uma empresa que está lucrativa, mas por causa da sua dívida enfrenta dificuldade financeira e está endividada.
Como isso aconteceu? É um caso típico, de uma empresa que ajustou a estrutura de pessoal, de acordo com a nova realidade do mercado, mas enquanto foi realizando o ajuste precisou de um empréstimo para o capital de giro. Com vencimento a curto prazo.
Depois que o ajuste foi realizado, a empresa voltou a ser operacionalmente rentável, ou seja, na sua atividade de compra e vende, consegue gerar um resultado positivo, só que modesto. O que faz com que seja insuficiente para amortizar as parcelas dos empréstimos que vencem mês a mês.
Então o empresário vive uma confusão mental. Ele sabe que fez a lição de casa, cortou o custo e ajustou a estrutura de acordo com o potencial atual, e está seguro. Só que não sobra dinheiro e a cada mês que passa ele é obrigado a pegar mais dinheiro emprestado para cobrir o seu fluxo de caixa. Então ele vive se perguntando “onde está errado? ”.
O empresário não possui ferramenta para enxergar o resultado da sua operação separado do resultado financeiro. Ou seja, se ele estiver conseguindo um lucro operacional de dez, mas a parcela do empréstimo, incluindo os juros, for de onze, vai faltar um no mês, que se transforma em dois no mês seguinte.
Neste caso é necessário se atentar a duas coisas. Primeiro ao preço do dinheiro, ou seja, a taxa de juros que ele assinou ao contrair o empréstimo, e segundo ao tempo necessário para amortizar. Isso porque se uma empresa pega dinheiro emprestado, com preço alto e tempo curto, isso irá pressionar o fluxo de caixa em um curto prazo e irá pior o resultado. Já uma empresa que consegue negociar um empréstimo com preço razoável em um horizonte de tempo, que são as quantidades de prestações, que cabem dentro do seu fluxo, este terá uma saúde financeira tranquila e poderá desfrutar da prosperidade que o seu lucro operacional está proporcionando.
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