ESTABELECIMENTOS QUE OPERAM 24 HORAS POR DIA, RITUAL DE FECHAMENTO NA VIRADA À MEIA-NOITE
- custoseganhosconsu
- 11 de jun. de 2024
- 2 min de leitura
Para as pessoas jurídicas que operam 24 horas por dia, sete dias por semana, como nos ramos de turismo, hotelaria, bares, restaurantes, locadoras, portos, aeroportos, postos de gasolina, táxis e tantos outros, ocorre o clique da virada à meia-noite, quando a competência de um dia termina às 23 horas, 59 minutos e 59 segundos, e a partir da hora zero, inicia a competência de um novo dia.
A virada que encerra o último dia do mês e inicia o próximo mês, a contabilidade tem a necessidade de separar as competências, qual lote pertence ao mês que terminou e qual lote pertence ao mês que começou. O que separa as competências é a data de emissão dos documentos fiscais. A data de emissão até a meia-noite é da competência do mês anterior, e os documentos emitidos a partir da zero hora pertencem à competência do mês posterior. Isso significa que o dinheiro também precisa ser separado, havendo necessidade de fazer um fechamento à meia-noite para separar o que pertence ao mês que fechou e o que pertencerá ao mês que iniciou.
Mas dá para parar o movimento e ficar contando dinheiro? Isso depende do movimento. Se à meia-noite o movimento estiver baixo, dá para fazer uma paradinha e separar o que é de um mês e o que será do próximo. Porém, em um estabelecimento onde à meia-noite é o pico do movimento, não há como parar para contar dinheiro. O rolo compressor passa por cima e a prioridade de atender à demanda sobrepõe-se ao capricho da contabilidade.
Então, como a contabilidade pode trabalhar neste caso? A recomendação é que cada estabelecimento escolha uma hora do dia em que o movimento seja baixo e implemente a “hora do corte”, uma rotina diária para acertar o movimento diário. Contando o dinheiro que entrou no caixa, comparando com as vendas recebidas em dinheiro e, por dedução, com base nos lançamentos do sistema, chega-se ao saldo provável de caixa e segue-se adiante.
É importante ter em mente a segurança dos funcionários que cuidam do caixa. Segurança, neste caso, vai além da integridade física e inclui a proteção contra erros que podem resultar em fraudes mais tarde. A empresa deve se preocupar em criar uma metodologia que garanta uma rotina diária para nunca permitir que os movimentos não conferidos de um dia, sejam carregados para o dia seguinte, evitando acumular diferenças.
Trabalhar em parceria com a contabilidade, tendo-a como aliada que aponta as diferenças, e não como inimiga da operação, ajuda a evitar cair em erros primários. Aqueles que conseguem estabelecer uma rotina de transparência e confiança entre o pessoal da operação, o pessoal do financeiro e a contabilidade, criarão uma sólida cultura de controle que garantirá a prosperidade no empreendimento.
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