FLUXO DE CAIXA APERTADO? A SUA MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO PODE ESTAR BAIXA.
- custoseganhosconsu
- 8 de out. de 2024
- 3 min de leitura
Por mais bem elaborado que seja o seu instrumento de planejamento financeiro, isso, por si só, não substitui a falta de dinheiro no seu fluxo de caixa. Se você vive na correria crônica do fluxo de caixa há bastante tempo, a sua margem de contribuição pode estar baixa.
A margem de contribuição é o valor que sobra depois de pagar todos os custos e as despesas variáveis. Com esse montante, você deve cobrir seus custos e despesas fixas, para então gerar o superávit operacional. Talvez você esteja operando com um lucro muito baixo, próximo de zero, insuficiente para formar reservas.
A empresa que concede descontos repetidamente, acuada pelo medo de perder o pedido e pela insegurança de não conseguir, deixa o emocional tomar conta e já não sabe se está ganhando ou perdendo. Nessas condições, passa a fechar o pedido com o cliente, apenas para garantir volume a ser faturado, na esperança de cobrir o fluxo de caixa.
Ou ainda o caso do empreendedor que age como um “bobo alegre”, vendendo muito ao praticar preços atraentes, sem verificar se está ganhando ou perdendo. Movida pela euforia do negociante hábil que conquista qualquer cliente, tomado pelo ego, desliga o botão da razão que tenta alertar sobre a baixa margem de contribuição daquele cliente. Com isso, começa a aumentar as vendas para esse cliente e, aos poucos, cai em uma dependência da qual não consegue mais sair, como num vício de um jogador.
Há também o caso da empresa que opera com um produto de margem de contribuição negativa, sendo subsidiado pelo restante dos produtos com margem positiva. O problema surge quando as vendas deste produto com margem negativa aumentam, provocando um desequilíbrio. Nessa situação, cada aumento nas vendas desse produto piora o resultado geral da empresa.
Essa é a realidade de muitos empreendedores, cujo modelo mental foi moldado desde a infância para se esforçar apenas para pagar as contas. Eles trabalham com o único objetivo de quitar suas dívidas. Esse modelo, por alguma razão, deixa de se esforçar assim que a meta de zerar as contas é alcançada. Programada apenas para pagar as contas, a mente não sabe o que fazer com os excedentes, ou simplesmente não sabe como agir para gerar sobras destinadas à acumulação de reservas.
O empreendedor que carrega esse modelo financeiro em sua mente, atravessa grande parte da vida como escravo do fluxo de caixa. Talvez, por influência de dogmas religiosos que condenam o lucro, aprendidos na infância, seu subconsciente se apresse em se livrar de qualquer sobra, por considerá-la indigna.
A ação recomendada é buscar ajuda espiritual para lidar com essa energia que bloqueia a manifestação da prosperidade. Quando o dono do negócio supera esse bloqueio e passa a aceitar o lucro como uma bênção divina e um dever do empreendedor, ele preserva a saúde financeira da empresa, garantindo o pagamento dos salários em dia, as contas pontualmente e mantendo reservas que equilibram o seu fluxo de dinheiro, tanto em tempos de escassez quanto de abundância.
Um dos indicadores que ajudam a monitorar seu índice de poupança é medir a porcentagem da margem de contribuição do seu negócio e a proporção dos seus gastos fixos, para identificar se há sobra ou falta na operação, mês a mês. Ao final de um ano de trabalho, é possível visualizar o montante acumulado no caixa de reserva. Uma empresa lucrativa, por menor que seja o lucro, tem o dever de acumular reservas com o tempo, que servirão de apoio para novos empreendimentos. Aprenda a gerenciar suas reservas, especialmente os fundos de investimento, utilizando os serviços oferecidos pelos bancos comerciais.
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