FRETE: CUSTO ou DESPESA?
- custoseganhosconsu
- 12 de mai. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 14 de fev. de 2022
Como o frete deve ser classificado? Essa é uma dúvida muito comum e que frequentemente ocasiona erro, pois diferentemente do que muitas pessoas acreditam, os gastos com frete para entrega de produtos ou frete de vendas são considerados despesas variáveis. Sendo assim, não podem ser classificados como custo uma vez que não fazem parte dos insumos de produção.
Da mesma forma, como o frete de vendas nasce em função da necessidade de entregar o que foi vendido, o frete se torna uma despesa variável da venda. Portanto, seguindo essa lógica, quanto maior for a venda maior será o valor do frete.
Mas, e se preço do frete for fixo por unidade, ainda assim será variável? Sim, será despesa variável, pois embora o preço seja fixo, o valor irá variar conforme o volume de produtos que serão entregues. E, para ser classificado como despesa fixa, o gasto com o frete teria que ter o mesmo valor, todos os meses, independentemente da quantidade entregue.
Apesar disso, quando o gasto com o frete estiver relacionado a compra de insumos, aí sim será classificado como custo, já que o pagamento foi necessário para transportar o insumo até a produção. Da mesma forma, todo o dispêndio para reunir os materiais necessários na produção deve ser classificado como custos de insumos para produção.
O que ocorre também com os gastos com transporte, para enviar e retirar os materiais para industrialização, que devem ser classificados como custos de produção, porque são dispêndios necessários para reunir os insumos à produção.
Mas, e se o caminhão que faz a entrega das vendas aproveitar o trajeto e levar os insumos para a produção na volta do percurso, este gasto deve ser classificado como despesa ou custo? Neste caso, é necessário classificar os gastos de ida como despesa de vendas, os gastos da volta como custo dos insumos e separar os valores na proporção coerente entre despesa de vendas e custo de compras.
Para não criar complicações desnecessárias, é mais prudente lançar tudo como despesa de vendas e depois, na contabilidade gerencial, no controle interno, fazer a compensação. Ou seja, creditar a conta despesa de frete de vendas e debitar a conta custos de frete de compras para que os valores fiquem distribuídos de forma justa em cada centro de custo e que haja concordância entre os responsáveis de compras e o de vendas.