FUNDOS DE PREVIDÊNCIA VGBL PROTEÇÃO FAMILIAR
- custoseganhosconsu
- 30 de set. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 10 de fev. de 2022
Em tempos de volatilidade no mercado financeiro, ocasionado por isolamento social do Coronavírus e da crise política, a rentabilidade dos produtos financeiros, no Brasil, tem sofrido baixas inesperadas. Como por exemplo os fundos de previdência, em que as pessoas que aportam seu capital nestes tipos de produtos esperam estabilidade e solidez e não grandes emoções da montanha russa e o sobe e desce dos rendimentos de cada mês.
Outro dia um senhor, octogenário, perguntou por que o seu plano de previdência privada entregou o extrato com rendimento negativo no mês, visto que era difícil aceitar que seu patrimônio havia encolhido, a essa altura da vida dele.
Como exemplo, vamos analisar o fundo de Previdência do Bradesco, o VGBL Proteção Familiar, cujo o nome do fundo é: “Bradesco FICFI RF Dinâmico Plus PGBL/VGBL” e o gestor da carteira de ativos é: “Bram-Bradesco Asset Management S.A. DTVM”, sendo a renda fixa o tipo de plano.
No mês de Março de 2020 este fundo entregou um rendimento negativo de -1,22%, algo inimaginável para um produto de renda fixa. Em abril devolveu 0,71% positivo, fechando o acumulado dos quatro meses de 2020 com 0,36%, enquanto o CDI fechou com 1,31%. No acumulado dos últimos 12 meses este fundo entregou 4,54% ante os 5,21% do CDI, ou seja 87% do CDI.
Isso acontece porque este fundo, FICFI RF Dinâmico Plus PGBL/VGBL, compra cota de outros 4 Fundos do Bradesco, sendo o primeiro, 50%, do Bradesco Fundo de Investimento Renda Fixa Master IMA-B 5, o segundo fundo com 40% do patrimônio do Fundo de Renda Fixa Master 100, o terceiro fundo com 5% do patrimônio do Fundo de Renda Fixa Master Prefixado e o quarto fundo com 5% do patrimônio do Fundo de Renda Fixa Master IMA-B 5+.
Todos os 4 Fundos operam com títulos públicos. O 1º fundo, o Master IMA-B5, possui em sua carteira a composição de 84% nos títulos do Tesouro IPCA, e os 16% restante nos Títulos Prefixado, todos com vencimentos inferiores a 5 anos.
Os fundos atrelados ao Tesouro IPCA entregaram até o final de 2019 excelentes rendimentos, por causa da queda histórica na Taxa SELIC. No entanto, com a volatilidade do mercado, estes fundos começaram a sofrer grandes oscilações.
Já o segundo fundo, o Master 100, tem sua carteira composta por 87% do Tesouro SELIC e os 13% restante com títulos prefixado. Este fundo, como todos os outros, sofreu uma queda acentuada com a baixa da SELIC. E tudo indica que os próximos meses, ou os próximos anos, serão de baixa rentabilidade.
Por isso, a recomendação, diante destes fundos atrelados à Taxa SELIC, é que partam para fazer portabilidade em fundos de previdência que possuam em sua carteira os títulos prefixados, visto que atualmente estão pagando bem melhor do que os títulos atrelados à SELIC.
Comentarios