MÁQUINA NOVA OU USADA?

Rotineiramente o empreendedor se vê diante de uma escolha: comprar uma máquina nova ou continuar trabalhando com a máquina antiga que já está acostumado.

Se por um lado uma máquina nova promete o dobro de produção e exige um desembolso de dinheiro, do outro, investir em uma máquina antiga por muito tempo pode ser arriscado, pois com o tempo a empresa pode ficar sem competitividade e sem fôlego financeiro para acompanhar a evolução. Além disso, comprar uma máquina apenas por ser novidade não é garantia de resultado melhor, uma vez que nem sempre o novo é a melhor solução.

Para ajudar na ilustração, um bom exemplo é uma indústria que decide investir na aquisição de uma máquina nova e moderna devido a capacidade maior de produção, quando comparada a máquina mais antiga, em relação ao concorrente.

Entretanto, ao começar a fabricação utilizando a máquina nova, embora consiga elevar a produtividade, a indústria percebe que a máquina não é condizente com a quantidade de pedidos, uma vez que das 24 horas por dia em que a máquina está disponível, a indústria tem um volume de pedidos para 18 horas de trabalho, o que força um “descanso” de 6 horas.

Diferente desta indústria, o concorrente trabalha 12 horas por dia, produzindo no seu ritmo normal. Entretanto, embora a produtividade da máquina utilizada, que é antiga, não chegue a metade das maquinas modernas, dá conta de produzir com a qualidade exigida pelo mercado.

Nesse exemplo, a primeira indústria, na ânsia de ocupar a capacidade ociosa, resolveu dar desconto no seu preço para ver se conseguia trazer mais pedidos. Entretanto, embora a estratégia de redução de preço tenha aumentado um pouco o tempo em que a máquina é utilizada, diminuiu ainda mais a margem financeira.

Como consequência, o elevado valor da depreciação da máquina nova, mais as despesas das horas noturnas faz com que o custo de cada peça produzida fique mais elevado. Assim, mesmo com preço reduzido, a margem de lucratividade fica comprometida.

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