PARAMETRIZE NO SISTEMA O RATEIO DO CUSTO FIXO
- custoseganhosconsu
- 28 de abr. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 14 de fev. de 2022
O rateio do custo fixo costuma gerar polêmicas, pois tem custo que é fácil de apropriar em cada produto, mas tem aqueles que vão ficando no final da lista para serem arbitrariamente “rateados” com base na quantidade, no valor monetário, no tempo consumido para a produção ou pelas atividades que consomem os recursos.
Contudo, se no rateio for utilizado a quantidade, corre o risco de haver injustiça com aquele produto que tem maior quantidade e menor valor. Da mesma forma, se for adotado como base de rateio o valor do produto, os itens de maior valor podem ser castigados em benefício do outro com menor valor E, se o tempo for adotado como critério de rateio, aquele produto moroso, que demora para ser feito, pode pagar o pato, embora possa ser um incentivo para melhorar o tempo e amenizar a carga de rateio que recebe.
Sendo assim, o custeio por atividade (ABC) parece ser o método que incorre em menos injustiça por distribuir os custos fixos de acordo com o recurso que cada atividade consome na sua produção. Porém, tem o inconveniente de ser difícil e oneroso para ser utilizado em empresas de porte menor.
De qualquer forma, o rateio sempre será arbitrário e é preciso encará-lo para impedir que a proporção dos custos fixos crie desequilíbrio em relação aos custos diretos ao longo do tempo.
Com o passar do tempo a proporção do custo fixo indireto aumenta em relação ao custo total e, em alguns casos, chega a ultrapassar o custo direto. O que tem criado uma urgente necessidade de melhorar a mensuração do custo fixo em cada produto, pois, este, deixa de ser aquele restinho de custo que aplicava uma porcentagem qualquer só para sumir com os valores irrelevantes. Ou seja, o custo fixo vem crescendo e se tornando um ator relevante na formação de preço.
O que fazer então? A recomendação é que se invista na parametrização gradativa de cada custo dentro do sistema. Por exemplo, um custo simples como a água no setor de tinturaria de uma confecção ou o consumo de eletricidade no setor de solda de uma indústria tem relevância suficiente para valer a pena parametrizar no sistema.
Por isso, é importante fazer uma estimativa de consumo, debitando o setor que usou o recurso e creditando a conta mãe de água ou de luz. Assim a fração que tem que ir para o rateio fica menos injusto. Ao mesmo tempo em que, ao longo do tempo, é formado um verdadeiro patrimônio de custos fixos parametrizados que minimizam as distorções e melhoram a acuracidade na apuração de resultados por produto.
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