REDUZINDO A QUANTIDADE DE RELATÓRIOS

Como consultor tenho a oportunidade de conhecer o comportamento de diferentes empresários, donos de seus empreendimentos, e a forma como lutam para criar modelos particulares de relatórios de controle gerencial.

Apesar dos relatórios, muitos ainda possuem dificuldade para chegar a uma conclusão no diagnóstico do negócio e como forma de tentar solucionar essa questão, elaboram outro relatório. Quando percebem existe uma vasta lista de relatórios que cresce cada vez mais, junto com a dificuldade de atingir o objetivo inicial.

Será que o problema é só na sua empresa? Como as outras empresas fazem com os relatórios financeiros? E as empresas que existem há muito tempo, de que forma seus administradores mantém seus relatórios? Como a maioria dos gestores lidam com esta questão?

Existe no mercado, há muito tempo, padrões de relatórios utilizados nos negócios, independente do ramo de atividade. Dito isso, é importante salientar que apenas três desses relatórios são essenciais para ter uma visão clara do seu empreendimento. São eles: o balanço patrimonial, a demonstração de resultado e o fluxo de caixa.

Todos os outros relatórios são secundários e só faz sentido gastar tempo e energia depois que se habituou a analisar constantemente os três primeiros que são essenciais.

O relatório mais importante de todos é o balanço patrimonial, porém a grande maioria das pessoas pula este relatório e vai direto para a demonstração de resultado, começando primeiro com a relação das despesas do mês, para saber se o mês foi ou não lucrativo.

No relatório de balanço patrimonial são demonstrados os saldos patrimoniais do final de cada mês, ou seja, o saldo que tem no caixa e no banco, o saldo a receber dos clientes e o saldo que tem no estoque. Basicamente, no lado ativo, é necessário olhar essas três grandes contas mensalmente.

No lado do passivo, basta olhar o saldo da conta de fornecedores e o saldo com empréstimos ou financiamento, se houver. Além disso, caso exista contas atrasadas como impostos ou parcelamento, por exemplo, devem ser rigorosamente monitoradas. Vale ressaltar que não há a necessidade de se preocupar tanto com o saldo de contas a pagar que seja um padrão mensal, que tem todos os meses, apenas com as contas que apresentem variações para pior.

Assim, com estas contas, já é possível saber a situação do patrimônio líquido da empresa, basta subtrair de tudo que tem no ativo, tudo que está devendo, e saber se está ganhando ou perdendo.

Após essa análise, para identificar onde se está ganhando ou perdendo basta olhar o próximo relatório, que é a demonstração de resultado, e depois o fluxo de caixa, que é o realizado e o projetado para os próximos meses, para gestão de caixa.

Então, é recomendado que os empreendedores estudem esses três relatórios até terem propriedade para utilizarem como instrumentos de gestão, de forma a otimizar o tempo, potencializar os resultados e tornar a gestão mais barata para ser produzida.

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