SEGUROS: COMO CLASSIFICAR NO PLANO DE CONTAS
- custoseganhosconsu
- 17 de dez. de 2024
- 3 min de leitura
A classificação dos gastos com seguros sempre gera discussões. Algumas pessoas, de forma prática, preferem lançar todos os seguros na conta “Seguros”, enquanto outras optam por separar por tipos, como seguro de vida, veículos, predial, entre outros. Qual dos dois está certo? A resposta é: ambos. Tanto o primeiro quanto o segundo estão corretos, pois a necessidade de classificação dos gastos com seguros varia conforme o porte da empresa e o ramo em que ela atua.
Quanto menor for a empresa, menores tende m a ser os valores pagos em seguros. Por isso, lançar todos os seguros em uma única conta geralmente não apresenta problemas. No entanto, em empresas de maior porte, com operações mais complexas, os gastos com seguros tornam-se proporcionalmente mais significativos, o que cria a necessidade de separar por tipos.
Se os gastos com seguros na sua empresa têm baixa relevância, você pode agrupar em uma única conta e seguir adiante. Na medida que a empresa crescer e se tornar mais complexa, você sentirá a necessidade de melhorar a classificação desses gastos para obter uma melhor visão da administração.
Uma pequena empresa que possui no plano de contas apenas a conta “Seguros” pode, conforme surgir a necessidade, alterar a descrição dessa conta para “Seguro de Vida”, por exemplo, e criar uma segunda conta chamada “Seguro de Veículo” para separar os seguros de vida e de veículo. Para os demais seguros, pode criar uma terceira conta denominada “Seguros Outros”. Essa nomenclatura facilitará a consulta na tela, exibindo as contas organizadas na ordem: Seguro de Veículo, Seguro de Vida e Seguros Outros.
Na medida que surgir outro seguro de valor relevante, como o seguro predial, é possível criar uma quarta conta chamada “Seguro Predial”. Nesse caso, o valor deixará de ser registrado na conta “Seguros Outros” e passará para essa conta específica. Observe a importância de iniciar a descrição sempre com a palavra “Seguro”. Se a conta for nomeada como “Outros Seguros”, ela aparecerá sob a letra O, distante da letra S de Seguro, o que pode causar erros no lançamento. Essa observação é válida para empresas que utilizam sistemas que adotam o “Plano de Contas” em ordem alfabética.
O seguro, por si só, não é uma despesa nem um custo; ele sempre será um componente acessório de um custo ou despesa principal. Por exemplo: imagine que você possui uma máquina valiosa na sua empresa, e contrata um seguro para proteger o bem. O custo desse seguro deve ser considerado como parte do custo dessa máquina. Assim, o seguro de máquina, faz parte do custo da máquina, o seguro nunca será custo por si só.
O Seguro Predial faz parte da conta “Despesas Gerais e Administrativas”. Já o Seguro de Vida dos funcionários é uma despesa relacionada à área de Recursos Humanos, vinculada aos benefícios, geralmente próxima da conta “Plano de Saúde”. O Seguro de Veículos está associado aos gastos com transporte e, na maioria das empresas, é classificado junto à conta “Despesas de Veículos”, como combustível, IPVA, manutenção e outras despesas relacionadas ao veículo. Caso a empresa possua uma frota, o seguro da frota pode ser tratado de forma específica, para cobrir os riscos associados à frota, diferenciando-se do seguro dos veículos utilizados pela administração.
Como administrador, você preferiria gerenciar seu negócio analisando apenas o total da conta “Seguros”? Ou seria mais eficiente se cada seguro fosse alocado como um componente acessório dentro da conta principal relacionada ao gasto correspondente? A forma como você visualiza a demonstração de resultados, influencia diretamente o formato do plano de contas que a empresa adotará em cada etapa do seu crescimento.
Para finalizar, recomendamos que dediquem tempo para discutir com a equipe até alcançarem um consenso. No entanto, uma vez aprovado, tenha cuidado para não ceder à tentação de atender a sugestões de última hora feitas por alguém após o encerramento da fase de discussão. Procure manter o Plano de Contas que foi combinado pelo maior tempo possível, pelo menos um ano, para preservar a confiança daqueles que participam ativamente da elaboração e confiam na liderança.
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