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SOBRE JUROS NEGATIVOS

  • custoseganhosconsu
  • 1 de abr. de 2020
  • 2 min de leitura

Atualizado: 10 de fev. de 2022

Maria Tereza, nome fictício, ficou surpresa quando ouviu de sua amiga que no Japão é normal alguém colocar uma quantia em dinheiro no banco e após um ano de aplicação o valor do resgate ser menor do que o valor investido. Isso mesmo, estamos vivendo a era dos juros negativos, em que os correntistas de bancos pagam para o banco guardar seu dinheiro.


Semelhante à quando alguém usa o serviço do banco para guardar objetos de valor, como joias ou documentos importantes, e paga pelo serviço do banco de guardar em local seguro está acontecendo com o dinheiro. É possível guardar o dinheiro em casa para não ter que pagar ao banco, porém, se um ladrão entrar na casa e levar o dinheiro, você perderá tudo. Ou seja, a tarifa que se paga para o banco é como se fosse um seguro contra roubo.


Com a abundância de dinheiro no mundo todo, até aqui no Brasil, o dinheiro disponível para aplicação é maior do que o dinheiro que o tesouro do governo precisa para financiar a dívida pública. Assim, o dinheiro está sendo comercializado por um preço muito baixo, mas tão baixo que chega a empatar com a inflação. Para o governo que deve bastante, cerca de quatro trilhões de reais, é uma boa vantagem, pois cada ponto porcentual reduz na taxa de juro.


Dessa forma, este ano de 2020, está previsto que a caderneta de poupança perderá da inflação. Ou seja, O Brasil está entrando na modernidade dos países ricos, em que o cliente paga para o banco guardar o dinheiro.


O dinheiro, quando foi inventado há muitos anos, foi para facilitar o comércio entre quem comprava e quem vendia. Só que o dinheiro, que era a ferramenta de troca, logo virou a própria mercadoria. Nascendo assim a figura do comerciante de dinheiro, conhecido como “banqueiro”, que é quem compra o dinheiro em uma ponta por um preço e vende na outra ponta por outro preço, uma espécie de aluguel pelo uso do dinheiro que ficou conhecido com o nome de “juros”.


Os juros começaram a trabalhar antes de Cristo nascer, portanto passaram-se mais de dois mil anos. E, agora, finalmente o dinheiro está voltando a sua função original que é servir como ferramenta de troca. Dessa forma, quem possui o excedente e quer guardar no banco, nada mais justo do que pagar uma tarifa como seguro contra roubo. O que você acha?


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